Comida de Verdade: O Que É? Porque Priorizar? Classificação. Relação Com Industrializados.

Contextualizando

Alimentos enlatados, também chamados de produtos alimentícios feitos pela indústria, surgiram durante a Revolução Industrial, com o intuito de possibilitar que as tropas militares conseguissem se alimentar durante a guerra.

O que ocorreu de fato foi o então governo Francês ofereceu uma recompensa para quem criasse um método que impedisse a deterioração do alimentos.

Motivado por essa promessa, o cozinheiro Nicolas Appert começou a fazer vários testes e experimentos.

Em 1815 os soldados franceses e britânicos já se alimentavam com enlatados.

Após 15 anos, esses produtos deixaram de ser exclusividade militar. No entanto, devido ao preço alto de comercialização das comidas industrializadas, a procura era pequena.

Apesar disso, a novidade chegou aos Estados Unidos e, a partir da década de 30, os enlatados ganharam proporções mundiais e se tornaram populares em todo o planeta.

Atualmente, cerca de 200 bilhões de latas de comida são produzidas anualmente.

É muita coisa, não acham?

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Em um mundo em que as pessoas cada vez mais prezam pela facilidade e rapidez ao acesso à comida, os industrializados ganham proporções alarmantes e tomam conta da alimentação das pessoas.

A partir da valorização da falsa comida, da desvalorização da comida de verdade e o aumento considerável dos níveis de obesidade e doenças crônicas no mundo todo, restou claro os malefícios causados por esse consumo exagerado de ultra processados.

Comida de Verdade tem que ser prioridade.

Apesar das pessoas prezarem pela rapidez e pela facilidade, é sabido também que o ideal sempre é priorizar a COMIDA DE VERDADE. 

Mas o que é Comida de Verdade?

Comida de verdade nada mais são do que os alimentos in natura, vendidos na sua “embalagem” natural, minimamente processados.

Os mais variados exemplos de comida de verdade são: as frutas, cereais, carnes, legumes, folhas e vegetais.

Classificação

Para fazer boas escolhas alimentares é crucial saber a diferenciação dos alimentos que temos a nossa disposição.

Por isso, o Ministério da Saúde criou um Guia Alimentar para População Brasileira.

Nesse guia, há a classificação dos alimentos por grau de processamento.

A partir do seu processamento, conseguimos selecionar os melhores alimentos para incluir na nossa alimentação. 

1) IN NATURA OU MINIMAMENTE PROCESSADOS

São aqueles alimentos vendidos tal como foram obtidos da natureza.

Ou, no caso dos minimamente processados, que podem ter sofrido pequenas intervenções antes de serem vendidos, tais como limpeza, remoção de partes não comestíveis, secagem, embalagem, pasteurização, resfriamento, moagem e fermentação, desde que a eles não seja adicionado nenhum outro ingrediente durante o processo.

Exemplos: frutas, verduras, legumes, ovos, farinhas, massas, grãos, leguminosas, castanhas.

2) PROCESSADOS

São produtos elaborados a partir de um alimento minimamente processado no qual são adicionados sal ou açúcar (ou outra substância culinária, como óleo ou vinagre).

Por exemplo: conservas, queijos, enlatados, extrato ou concentrado de tomate, frutas em calda ou cristalizadas, pães feitos a partir de farinha, água e sal.

3) ULTRA PROCESSADOS

São aqueles produzidos pela indústria alimentícia, que contam com aditivos químicos, corantes, conservantes, realçadores de sabor em sua formulação, tudo para deixar palatável e atraente.

Alguns exemplos são pão de forma, bisnaguinha, salsicha, nuggets, pizzas congelada, bebidas lácteas, produtos os quais contém na sua lista de ingredientes gordura hidrogenada e amido modificado, por exemplo.

Por que EVITAR os ultra processados?

O Ministério da Saúde alerta especialmente para a baixa qualidade nutricional desse tipo de alimento, além de, na grande maioria das vezes, serem altamente calóricos.

Além de tudo isso, são compostos por inúmeros aditivos químicos que não possuem comprovação nenhuma dos efeitos no nosso organismo.

Como saber se um alimento é processado ou ultra processado?

Lendo a lista de ingredientes.

É por meio dela que conseguimos saber exatamente o que estamos consumindo.

Por isso, é de extrema importância saber fazer a leitura correta da lista.

Pra isso, alguns pontos principais a considerar na hora de analisar:

Ponto 1

Os ingredientes são colocados em ordem decrescente de quantidades, ou seja, o primeiro ingrediente da lista é o que está em maior quantidade no produto.

Ponto 2

Quanto menor é a lista de ingredientes, mais natural é o produto, portanto mais aconselhado seu consumo.

Ponto 3

É possível identificar se o produto é processado ou ultra-processado.

Para isso devemos evitar produtos que contém gorduras hidrogenadas, amido modificado e compostos sintéticos, como corantes, aromatizantes, realçadores de sabor e vários tipos de aditivos usados para dotá-los de propriedades sensoriais atraentes e super palatáveis.

Ponto 4

É possível identificar se o açúcar não está camuflado no produto com outros nomes, tais como: glicose de milho, xarope de glicose, xarope de milho, xarope de malte, açúcar invertido, glicose, dextrose, extrato de malte, maltodextrina, galactose, maltose, melado, lactose, sacarose, entre outros.

E os processados? São saudáveis? Posso consumir?

É interessante destacar que há muitos alimentos processados que podem ser aliados de uma alimentação saudável.

Como exemplo podemos citar alguns enlatados de milho e ervilha, alguns tipo de de conservas de palmito, pepino e azeitona, alguns queijos fatiados.

Aqui o pulo do gato: para definir quais são saudáveis e recomendados pra consumo, não há como fugir, é necessário SABER LER A LISTA DE INGREDIENTES (que eu ensinei acima).

Alerta!

A grande maioria deles estão repletos de conservantes, corantes, sal e açúcar em excesso.

Por isso a importância de saber ler a lista de ingredientes e conhecer os ingredientes que não são saudáveis para escolher sempre as melhores opções.

O texto está até repetitivo, eu sei, mas é para ficar bem clara a IMPORTÂNCIA DE FAZER A LEITURA CORRETA DA LISTA DE INGREDIENTES.

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Industrializados saudáveis na prática

Alguns dos industrializados que costumo ter à disposição para me socorrer quando necessário são:

  • feijão cozido (sem tempero);
  • grão de bico cozido (sem tempero);
  • atum em água;
  • milho e ervilha em lata (principal + água + sal);
  • tomate pelado ou passata de tomate (tomate e água);
  • legumes congelados;
  • pimentão em conserva;
  • geleia sem açúcar (ATENÇÃO PARA LISTA – TEM MUITAS QUE ENGANAM);
  • palmito e ovos de codorna e conserva, etc. 

Para efetivamente fazer a melhor escolha dos alimentos acima (e outros) minha dica é sempre escolher aqueles que tem na lista de ingredientes o alimento principal mais a água.

Por exemplo: Milho e água. Ervilha e água. Tomate e água ou suco do tomate, etc. Portanto, saiba ler os rótulos. 

Além disso, pode ser que o alimento esteja em conserva com sal junto. Também não deixa de ser saudável. Nesse caso, atente-se para que a quantidade de sódio não seja excessiva.

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Além da lista de ingredientes, devo observar algo a mais? Sim! Você deve saber ler os rótulos!

Saber ler os rótulos dos produtos que trazemos para nossa casa é essencial para qualquer pessoa que esteja preocupada e preze pela sua saúde e não queira ser enganada pela indústria. 

Principais vantagens de saber fazer a leitura correta dos rótulos e embalagens

Evitar a compra de “gato por lebre”, já que as embalagens são, na grande maioria das vezes, tentadoras e nos induzem a achar que aquilo é saudável.

Para ter certeza, precisamos saber ler a lista de ingredientes a fim de confirmar, ou não, se o produto é aquilo a que se propõe.

Com isso, conseguimos identificar os industrializados que podem ser aliados de uma boa alimentação.

Outro ponto importantíssimo é que é no rótulo que consta a data de validade e a data de produção do lote do produto que foi adquirido.

Levando isso em consideração, evita-se o desperdício de comida e de dinheiro.

É também no rótulo que consta a procedência daquilo que estamos comprando e assim identificamos se é seguro adquirir.

Caso o alimento não se aplique a alérgicos ou intolerantes a tal produto, é no rótulo que isso deve estar identificado.

E por fim é através do rótulo que é possível identificar a informação nutricional e a informação calórica da porção padrão que é recomendada consumir daquele produto.

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Palavras finais

Depois de conhecer a classificação dos alimentos você está apto a fazer melhores escolhas.

Lembre-se de que é necessário, para garantir a compra de alimentos saudáveis, preferencialmente priorizar os alimentos in natura e minimamente processados.

Mas também é possível lançar mão dos alimentos processados, como forma de auxiliar e complementar a alimentação saudável.

Para efetivamente garantir que estejamos levando para dentro de casa alimentos processados saudáveis é fundamental ter muita atenção, cuidado e conhecimento ao ler os rótulos e, especialmente, a lista de ingredientes.

E, novamente, por via das dúvidas, sempre priorize alimentos que não contenham embalagem.

Seja inteligente e valorize a sua saúde.

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Beijos.

Até a próxima!

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